A mariposa de longe
Nota a chama que a seduz,
Ante a fina vela acesa,
Ela deseja mais luz.
A princípio, voa incerta,
Sobe ao teto e desce à mesa,
De perto, a luz lhe parece
Um lar de amor e beleza.
Aproxima-se encantada,
Sente-se forte e aquecida,
Não mais o frio da sombra,
Ali, é calor e vida.
Embriagada de sonhos,
Atende a impulsos fatais,
Quer a doce labareda,
Abordando-a mais e mais...
Por fim, penetra na chama
Que a fascina e reconforta,
Crê achar felicidade,
Entra na luz e cai morta.
Somos assim... Se buscamos
Somente o que nos agrade,
Queimamos o tempo e a vida,
Em nome da liberdade.
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