23 de mar. de 2011

Inferno

O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço. (CALVINO, 1990, p. 150).

Pobreza

Mas a pobreza não é apenas um fenômeno socioeconômico. É também resultado de um bloqueio psicológico, um modelo mental regressivo, uma doença da alma. […] O combate efetivo à pobreza começa pelo resgate da auto-estima das pessoas em situação de vulnerabilidade social, ou seja, pela mudança de modelos mentais, pela cura dessa doença da alma que impede as pessoas de se tornar empreendedoras, fazedoras de sonhos, construtoras de seu próprio futuro. (DE PAULA, 2002, p. 19-20).